Revista ABTU | 2022 | Edição nº 9
Autores: Fabíola Moura Reis Santos, Ernani Machado de Freitas Lins Neto e Iluska Maria Coutinho
Resumo: Este trabalho reflete sobre os processos de reedição no telejornalismo em três emissoras parceiras da TV Caatinga, TV via web da Universidade Federal do Vale do São Francisco. Foram avaliadas quatro matérias exibidas nas TVs, comparando o conteúdo original com o veiculado em rede nacional, além de analisadas as versões da mesma matéria exibidas entre as próprias emissoras. Para este fim, utilizou-se a análise da materialidade audiovisual e a etnopesquisa contrastiva. Observou-se ainda se a reedição do conteúdo original preservou a proposta do Jornalismo Contextualizado com o Semiárido brasileiro. Como principais resultados, constatou-se tanto que a abordagem original foi mantida quanto casos em que as alterações distorceram a pauta encaminhada, resultando em desinformação.
Autor: Ricardo Borges Oliveira
Resumo: Este artigo analisa as 115 emissoras universitárias que atuam apenas na internet, especialmente no YouTube. Trata-se do total levantado no Mapa 4.0 das TVs Universitárias brasileiras, que subsidia o presente estudo. O objetivo é perceber de que forma essas emissoras atuam na maior mídia social de vídeos. Os dados apontam que, em linhas gerais, as WebTVUs utilizam os recursos da plataforma para interagir com a comunidade acadêmica e a sociedade. Mas também ficou evidente que ainda há muito a melhorar nessa atuação.
Autora: Kamyla Faria Maia
Resumo: O presente artigo discute uma proposta de indicadores de qualidade do telejornalismo da televisão universitária, tendo em perspectiva a complementaridade entre os serviços comercial, estatal e público. Para tanto, usa como referência o que Bucci, Chiaretti e Fiorini (2012) desenvolveram para as emissoras públicas, os conceitos de telejornalismo de interesse comum (COUTINHO, 2013) e os princípios da radiodifusão pública (UNESCO, 2001; CIFUENTES, 2002; MENDEL, 2012).
Autores: Caetano Bonfim Ferreira, Francisco André Silva Martins e Cirlene Cristina de Sousa
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo apresentar um relato de experiência do canal de TV estudantil e educativa denominada como TV Christiano Guimarães (TVCG). Essa TV usa a plataforma de compartilhamento de vídeos YouTube para transmitir o conteúdo produzido pelos alunos e alunas do Ensino Fundamental II da Escola Estadual Christiano Guimarães, do município de Sabará. O Canal foi criado para estimular o aprendizado e a participação dos/das estudantes no processo de ensino e aprendizagem, de modo a estabelecer uma educação democrática, crítica e criativa, através de elaboração de material em diversas áreas do conhecimento, a fim de aumentar o envolvimento, a participação e a autoestima dos alunos e das alunas participantes no projeto da TV estudantil.
Autor: Adriano Adoryan
Resumo: A EBC foi fundada sobre o modelo tradicional de radiodifusão, herdeira de uma variada estrutura de veículos, todos com uma longa história de atuação no território nacional. Desde sua criação desenvolveu diversas ações em direção ao digital, fosse do ponto de vista de seus processos internos, fosse quanto a sua distribuição de conteúdo em novas mídias. A partir de 2018 que este processo ganhou novo impulso consolidando-se em 2019 em uma nova estratégia digital que vem sendo implantada desde então. O presente artigo procura apresentar algumas iniciativas dessa estratégia digital da EBC e seus impactos na audiência.
Autores: Acsa Roberta Macena da Silva e Heitor Costa Lima da Rocha
Resumo:O presente artigo discute os aspectos que caracterizam a deontologia do jornalismo na televisão pública, comumente vinculado à epistemologia positivista de objetividade, como núcleo duro a partir da distinção entre fato e opinião, mas também, de forma secundária e periférica, ao ideal pluralista de democracia deliberativa, com as noções de imparcialidade, neutralidade e equilíbrio (SCHUDSON, 2010; HALLIN; MANCINI, 2010). Para isso, reconhece, na perspectiva epistemológica construtivista, a intencionalidade da atividade jornalística (CORREIA, 2005; SCHUTZ, 1982), o papel políticoideológico do telejornal na construção de sentidos sobre a realidade (HACKETT, 2016) e a necessidade de um jornalismo multiperspectiva (GANS, 2003), para além do praticado no âmbito das TVs privadas.
Autor: Adriano Medeiros da Rocha
Resumo: Esta pesquisa busca relatar a experiência de produção laboratorial em jornalismo audiovisual desenvolvida por jovens universitários protagonistas do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto, durante períodos letivos de aulas remotas, efetivados em plena pandemia do coronavírus. A busca por metodologias de ensino diferenciadas e aplicadas àquela realidade enfrentada, tentou também estabelecer conexões e diálogos com as mudanças de um ensino em rede. Aqui refletiremos sobre o novo formato deste telejornal universitário adotado, bem como as mudanças na rotina de produção da equipe audiovisual.ufop para construção de conteúdo através de um mecanismo ainda participante e experimental.
Autor: Anderson David Gomes dos Santos
Resumo: O presente artigo analisa a regulação audiovisual uruguaia no que tange à consideração do futebol enquanto programa de interesse social. O Uruguai promulgou a Ley de Servicios de Comunicación Audiovisual, em dezembro de 2014, com o objetivo de regular a prestação de serviços de rádio, televisão e outros serviços de comunicação audiovisual. Apresenta-se pesquisa descritiva a partir de estudo de caso e discussão teórica a partir do conceito de “regulação” de Brittos (2001). Como resultado, encontra-se regulamentação específica para a transmissão de determinados jogos de basquete e futebol, cujo acesso é considerado um direito das pessoas.
Autores: Diego Sebastião de Deus, Edvaldo dos Santos Gonçalves e José Dias Paschoal Neto
Resumo: Este trabalho analisou o emprego da comunicação pública do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acerca das medidas de combate à desinformação para as Eleições 2022. A partir desta proposta, observou se, ainda, todas as publicações relacionadas aos temas “política” e “eleições”, no Instagram, em abril de 2022, nos perfis das três principais agências de verificação de fatos do Brasil, parceiras do tribunal: Aos Fatos, Lupa e Fato ou Fake. Observou-se que o termo “Bolsonaro” é o mais incidente entre as informações falsas verificadas e que informações fraudulentas contra pré-candidatos ou partidos ligados à esquerda são mais recorrentes. Com a análise de outros resultados, constatou-se que as informações inverídicas refletem um ambiente de expansão da desinformação, assim como inciativas mais específicas para o combate ao processo pelos poderes públicos.