Revista ABTU | 2015 | Edição nº 2
Autora: Andreza Tasiane da Silva
Resumo: O texto seguinte visa traçar um ponto comum entre a comunicação que acontece no cenário 2.0 - em sua natureza mais propensa à cooperação e ao relacionamento - e um dos objetivos buscado pela comunicação pública (CP), que é o de garantir ao cidadão seu direito à informação, à expressão e, principalmente, ao diálogo. O conceito de comunicação pública é aqui entendido como uma postura de perceber e utilizar a comunicação como instrumento de interesse coletivo para o fortalecimento da cidadania. O foco, por isso, recai, principalmente, nas instituições públicas/governamentais, pois, pela essência, são as que deveriam trabalhar sobre o viés da CP. Ao aproximar as possibilidades geradas pelas mídias sociais com a comunicação pública, procura-se observar alguns problemas que podem surgir nessa aliança, impedindo que o terreno digital e as ferramentas existentes nele sejam plenamente usados a favor dos cidadãos.
Autor: Daniel De Thomaz
Resumo: : Em 2006, o Governo Federal, então presidido em seu segundo mandato pelo presidente Lula, iniciou as discussões sobre a criação da TV pública brasileira. Para participar desse debate, foram chamados diversos segmentos da sociedade civil que produziam programação televisiva educativa. Constitui-se, desse modo, o chamado “Campo Público da TV Brasileira”, composto pelas TVs educativas, universitárias, legislativas e comunitárias cujas propostas e demandas foram organizadas, debatidas e mediadas por suas respectivas entidades representativas. O presente artigo objetiva relatar aspectos da contribuição das TVs universitárias brasileiras pela articulação política da Associação Brasileira de Televisão Universitária nas diversas etapas desse processo, que culminou com a criação Empresa Brasil de Comunicação, instituída pelo Decreto Lei 6.246/07.
Autora: Karla Rossana Francelino Ribeiro Noronha
Resumo: A digitalização da TV e a interatividade podem ser ferramentas importantes para as TVs públicas exercerem um papel de inclusão social e digital por meio do entendimento e exercício da comunicação pública como mecanismo de midiatização do poder público, aquele que é gerido pela sociedade. Então, podemos questionar as mudanças que podem ocorrer com a efetiva implantação da TV Digital nos governos, sociedade e mercado. A questão principal a se pensar é: qual o papel da TV pública perante as possibilidades proporcionadas pela interatividade? O objetivo deste trabalho é pensar como a TV pública diante das possibilidades tecnológicas e de produção de conteúdo pode exercer uma ferramenta de cunho social para atender ao interesse público e favorecer a existência de uma comunicação pública de fato.
Autores: Gabrielle Santelli Vitório e Alexandre Schirmer Kieling
Resumo: Este artigo pretende examinar como a emissora legislativa TV Câmara está utilizando a interatividade para promover o relacionamento com os telespectadores a partir das experiências interativas do programa Participação Popular, no ar desde 2000. Para isso, este trabalho resgata a história da televisão legislativa, conceitos de interatividade, especialmente, aquela mediada por computador e também apresenta os conceitos e níveis de Oferta Interativa, Processos de Interação e de Evento Interativo. Os resultados de tal análise nos apontam que apesar das diversas opções de ofertas interativas, a emissora analisada utiliza apenas as tecnologias mais comuns.
Autores: Adilson Vaz Cabral Filho e Mariane Costa Mattos
Resumo: Este artigo propõe recompor a trajetória do movimento social em torno da democratização da Comunicação no Brasil, a partir dos momentos históricos em que o tema conseguiu ser acolhido e abordado de forma mais ampla pelos movimentos organizados e a sociedade em geral. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e documental, cuja análise busca evidenciar a necessidade de intensificar essa interlocução, na medida em que as restrições à democracia na comunicação não afetam apenas envolvidos com a área, mas a sociedade em geral.
Autor: Tiago Nunes Severino
Resumo: Este artigo faz uma análise sobre o modo de organização da faixa educativa da TV Brasil. O canal é descrito como uma emissora geralista, conforme o conceito de Wolton (1996), e vinculada a ideia de paleotelevisão, como aponta Roger Odin (2009). Ou seja, uma emissora com uma variedade de gêneros televisuais que são organizados em blocos. A faixa educativa constitui justamente o grupo de programas que compartilhama finalidade de formar, treinar e promover o ensino e aprendizagem para o telespectador. Entre as constatações da análise, está a ideia de que a faixa educativa da TV Brasil é composta por programas produzidos por outras emissoras e, simplesmente, retransmitidos por este canal.
Autor: Geny Santos Nowisck
Resumo: Este artigo se propôs a efetuar uma reflexão acerca do jornalismo cultural veiculado em uma televisão universitária, especificamente na UFPR TV – Televisão da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba. O objeto de estudo foi a abertura do Programa Caldo de Cultura, exibido no dia 27 de junho de 2013, presente no Youtube. A análise qualitativa do 1 minuto e 47 segundos da cena focou-se em aspectos como espaço destinado às artes, em especial à paranaense, linguagem adotada, formas como a temática é abordada, além do tratamento técnico e estético dispensado ao tema. Como suporte teórico foram adotados conceitos defendidos por autores como Arlindo Machado, Décio Pignatari, Daniel Piza, Douglas Kellner, Denise Guimarães, Dominique Wolton, Flávio Porcello, Claudio Magalhães, entre outros.
Autor: Cláudio Márcio Magalhães
Resumo: A nova lei de acesso condicionado obriga que as operadoras de televisão por assinatura por satélite tenham um canal para a produção universitária, da mesma maneira que a TV a cabo. Na impossibilidade técnica e financeira de cada cidade ter o seu próprio canal universitário no satélite como acontece no cabo, o que as operadoras e as próprias universidades preveem é o surgimento de um canal nacional universitário. Seria esse canal possível? As instituições de ensino superior já se movimentam há algum tempo, e não faltam iniciativas, mas a correlação de forças contrárias é enorme. Este artigo tem a finalidade de tentar esclarecer a quantas anda o tal canal e o que está pegando.
Autor: Hélio Lemos Sôlha
Resenha